Essas medidas foram alvo de críticas por parte dos governistas, que acusaram a inclusão de Zambelli nas investigações de desvio de foco da CPMI. O senador Marcos Rogério (PL-RO) foi um dos que se manifestaram contra, argumentando que a deputada não possui envolvimento direto nos fatos em apuração.
No entanto, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ressaltou a importância das quebras de sigilo bancário e fiscal do sargento Luis dos Reis, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, alegando que tais informações serão fundamentais para detalhar as transferências bancárias realizadas pelo militar.
Durante seu depoimento aos parlamentares, o sargento Luis dos Reis negou qualquer envolvimento na fraude do cartão de vacina do ex-presidente Bolsonaro. Ele admitiu, no entanto, ter comparecido ao Congresso Nacional no dia 8 de janeiro e justificou as movimentações financeiras de R$ 3 milhões como depósitos de consórcio entre amigos.
A CPMI do 8 de Janeiro foi instaurada com o objetivo de investigar as responsabilidades e apurar eventuais irregularidades relacionadas à invasão do Capitólio, ocorrida nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, além de outras informações relevantes a respeito do cenário político brasileiro.
A aprovação dos requerimentos de reconvocação e quebras de sigilo evidencia o avanço das investigações no âmbito dessa CPMI. A expectativa é de que as informações obtidas por meio dos relatórios de inteligência financeira possam esclarecer eventuais indícios de lavagem de dinheiro, bem como identificar possíveis irregularidades nas movimentações bancárias dos envolvidos.
Com isso, a comissão segue seu trabalho de forma incansável, visando promover uma análise minuciosa dos fatos e eventualmente responsabilizar aqueles que tenham cometido ilícitos. O objetivo é garantir a transparência e a justiça no cenário político brasileiro. As investigações continuam, e novas diligências serão realizadas para elucidar cada vez mais os acontecimentos relacionados ao 8 de Janeiro.