O requerimento para a criação da CPI, de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), recebeu o apoio de outros 30 senadores, sendo lido em Plenário no dia 8 de outubro. O mínimo de assinaturas necessárias para a formação de uma CPI é de 27 senadores, e o número de integrantes da comissão será de 11 titulares e 7 suplentes.
Com um prazo de 130 dias para concluir as investigações e um limite de despesas estabelecido em R$ 110 mil, a CPI das Bets também pretende averiguar a possível associação das empresas de apostas online com organizações criminosas envolvidas em lavagem de dinheiro, além do uso de influenciadores digitais na promoção dessas atividades.
A senadora Soraya Thronicke ressalta a importância de analisar práticas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, bem como a influência de personalidades brasileiras na operação dos programas de apostas. A suspeita levantada é de que os softwares sejam programados para prejudicar os apostadores e garantir lucros exorbitantes às empresas.
Vale ressaltar que esta não é a primeira CPI a investigar empresas do ramo de apostas no Senado. A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e com relatoria do senador Romário (PL-RJ), teve seu prazo prorrogado até fevereiro de 2025, com foco em investigar a manipulação de resultados no futebol brasileiro.
A criação da CPI das Bets demonstra a preocupação do Senado em combater práticas irregulares nas apostas online e proteger as famílias brasileiras dos impactos negativos desse segmento. A expectativa é de que as investigações contribuam para a elaboração de políticas mais eficazes de regulação e fiscalização nesse setor sensível.