Thronicke não hesitou em classificar as ausências como uma demonstração de “má vontade” por parte dos convocados em colaborar com os trabalhos da CPI. Essa postura, segundo a relatora, desrespeita o processo legislativo e prejudica a investigação, que busca esclarecer questões pertinentes ao mundo das apostas e suas implicações no país. Frustrada com a falta de comparecimento, a comissão decidiu aprovar a condução coercitiva dos dois ausentes, símbolo de um esforço para garantir a presença dos depoentes na próxima oportunidade. Além disso, uma representação por desobediência foi aprovada, permitindo que o Ministério Público analise a possibilidade de abrir um processo criminal contra os convocados.
A CPI das Bets, que investiga o crescimento das apostas online e seu impacto social, tem se mostrado um ambiente tenso, repleto de desafios na obtenção de depoimentos de figuras chave. O não comparecimento de Luan Kovarik e Jorge Barbosa reflete um cenário em que a resistência dos convocados pode complicar ainda mais o andamento dos trabalhos da comissão. A decisão de partir para medidas coercitivas revela a seriedade com que a CPI trata a questão da colaboração e transparência acerca do fenômeno das apostas.
Dada a relevância da investigação, a expectativa é que a condução coercitiva cumpra seu papel e leve os depoentes a prestarem os esclarecimentos necessários. As próximas etapas da CPI serão fundamentais para determinar a eficácia dessa abordagem e o impacto das ausências nos avanços da investigação. Assim, o desdobramento dessa situação poderá influenciar significativamente não apenas os trabalhos da comissão, mas também o futuro das legislações relacionadas às apostas no Brasil.