Além de Abel Galindo, a CPI também ouvirá o ativista José Geraldo Marques, doutor em ecologia e uma das vítimas da evacuação dos bairros atingidos pela mineração da Braskem. Segundo o relator da comissão, senador Rogério Carvalho, Marques sofreu pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, ligada à Braskem. Ambos são autores do livro “Rasgando a Cortina de Silêncios: o lado B da exploração de sal-gema em Maceió”.
Na mesma reunião, a engenheira Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas, também será ouvida. Ela é coordenadora de uma pesquisa sobre as dimensões econômica, social e ambiental da subsidência que atinge cinco bairros de Maceió.
Na quarta-feira (6), a CPI continuará seus trabalhos, ouvindo o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, e o geólogo Thales Sampaio, aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). A convocação desses depoentes foi aprovada após requerimentos apresentados pelo senador Rodrigo Cunha, que destacou a importância dos depoimentos para os trabalhos da comissão.
A CPI da Braskem foi criada para investigar os efeitos da responsabilidade da mineradora no afundamento do solo em Maceió. Presidida pelo senador Omar Aziz e com prazo até 22 de maio e limite de gastos de R$ 120 mil, a comissão tem a responsabilidade de apurar todas as informações e contribuir para a busca por justiça e responsabilização em relação aos impactos causados pela atividade da empresa na região.