O Movimento de Mulheres Camponesas teve suas origens nos anos 1980, em um período marcado por profundas transformações na agricultura nacional. Naquela época, a modernização tecnológica e a chamada “revolução verde” impuseram novos e complexos desafios às práticas tradicionais e à vida no campo. Foi nesse contexto que as mulheres camponesas perceberam a necessidade de criar um espaço autônomo, onde poderiam discutir e lutar por seus direitos de forma mais efetiva.
Desde então, o movimento se consolidou como uma força importante nas lutas sociais do país, especialmente no que diz respeito aos direitos das mulheres no ambiente rural. As parlamentares responsáveis pelo requerimento destacaram o papel vital que a organização desempenhou, ao representar uma diversidade de mulheres e questões específicas do campo. O movimento abrange uma ampla gama de perfis, incluindo camponesas, ribeirinhas, diaristas, indígenas e integrantes do movimento sem-terra.
A trajetória do Movimento de Mulheres Camponesas é um testemunho de resistência e luta contínua. Tanto defensoras quanto apoiadoras afirmam que suas ações vão além da simples representação política, englobando também a defesa da agricultura familiar e a promoção de políticas públicas que respeitem e valorizem essas comunidades. A celebração no Congresso visa não apenas reconhecer a história da organização, mas também chamar a atenção para as questões que ainda necessitam de reformas e avanços substanciais.
Este evento no Congresso não é apenas uma homenagem, mas um reconhecimento do papel transformador que essa organização desempenhou e continua a desempenhar. A luta pelas mulheres no campo é contínua, e esse marco de 40 anos serve como um importante lembrete da importância da resistência e do ativismo em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.