SENADO FEDERAL – Comunidades Terapêuticas Podem Acolher Menores Dependentes Químicos com Aprovação de Projeto na Comissão de Direitos Humanos

Na última quarta-feira, 3 de outubro, um significativo avanço foi registrado no âmbito legislativo com a aprovação, por parte da Comissão de Direitos Humanos (CDH), do projeto de decreto legislativo que permite que comunidades terapêuticas acolham menores que enfrentam dependência química. O Projeto de Decreto Legislativo 383/2024 visa alterar a situação atual, que impede o acolhimento desses jovens em instituições desse tipo, devido a uma norma federal vigente.

A proposta, agora respaldada por um parecer favorável da CDH, suspende a restrição existente, permitindo que comunidades terapêuticas deem suporte a esta população vulnerável. O projeto surge em um momento de crescente preocupação com o aumento do uso de substâncias psicoativas entre os jovens, evidenciando a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e humanizada no tratamento da dependência química.

A medida reflete uma mudança significativa na política de saúde e assistência social voltada para dependentes químicos, especialmente para os menores de idade. A autorização para que esses jovens sejam acolhidos em comunidades terapêuticas pode representar uma alternativa ao tratamento em instituições tradicionais, que muitas vezes não estão preparadas para atender adequadamente essa faixa etária específica.

Após a aprovação na CDH, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde passará por novos escrutínios antes de seguir para voto em plenário. Essa tramitação é fundamental para que o projeto seja analisado sob os aspectos jurídicos e constitucionais, assegurando que todas as garantias legais sejam respeitadas.

Ainda que o decreto represente um passo importante na busca por soluções para a questão das dependências entre os jovens, também gera debates acerca da qualidade e da adequação do tratamento oferecido por essas comunidades terapêuticas. Organizações da sociedade civil e especialistas têm chamado a atenção para a necessidade de uma regulamentação rigorosa e mecanismos de acompanhamento que assegurem que os jovens sejam tratados de forma ética e apropriada. Assim, a tramitação e eventual aprovação do PDL 383/2024 se destaca como um tema de relevância social e política, especialmente no contexto de saúde pública e proteção dos direitos dos adolescentes.

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