SENADO FEDERAL – Comissão de Segurança Pública aprova projeto para uso de bancos de dados civis em perícias criminais, garantindo maior segurança jurídica.


Na última terça-feira, a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou um projeto de lei que possibilita o uso de bancos de dados civis de órgãos públicos como referência em perícias criminais. O PL 2.784/2022, de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), recebeu parecer favorável do senador Weverton (PDT-MA) e agora seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde poderá ser aprovado de forma terminativa.

De acordo com o autor do projeto, instituições como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuem amplos bancos de dados biométricos, enquanto as bases de dados das polícias são mais limitadas devido à coleta apenas em investigações criminais. Atualmente, as polícias utilizam esses bancos de dados por meio de acordos de cooperação, mas a ausência de uma legislação específica pode levantar questionamentos sobre a validade das provas.

O senador Mecias destaca a importância de uma lei que permita expressamente esse acesso aos bancos de dados civis, visando conferir maior segurança jurídica e legitimidade aos exames periciais realizados nesses casos. Ele ressalta ainda a necessidade de se adaptar as legislações existentes às demandas da segurança pública, enfatizando que a criação de um Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais pelo Ministério da Justiça ainda não foi efetivada.

Já o senador Weverton, relator do projeto, ressalta que a Lei Geral de Proteção de Dados considera os dados biométricos como sensíveis, o que exige uma proteção especial de acordo com a Constituição Federal. Porém, ele defende que é possível conciliar a garantia da segurança pública com a proteção dos dados pessoais.

Diante disso, a proposta de alteração no Código de Processo Penal é considerada necessária e adequada, conforme avaliação do relator. A emenda de redação apresentada por Weverton busca suprir a lacuna legislativa sobre o tema, mantendo a conformidade com as normas em vigor. A discussão agora segue para a próxima etapa na CCJ, onde será analisada mais detalhadamente.

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