Durante a reunião, a senadora Dorinha destacou que, embora a dedicação exclusiva dos professores seja desejável, a realidade é que muitos profissionais precisam lecionar em mais de uma escola para completar sua carga horária obrigatória. Ela citou como exemplo o caso de um professor de química, que muitas vezes precisa dar aula em múltiplas instituições de ensino para garantir seu salário.
O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) também se manifestou, ressaltando que é preciso reconhecer a importância dos professores e remunerá-los de forma condizente. O presidente da comissão, senador Flávio Arns (PSB-PR), afirmou que o debate sobre a valorização dos profissionais da educação é essencial e deve incluir questões como planos de carreira, concursos e contratação de professores temporários.
O projeto em questão surgiu a partir de materiais produzidos pelos participantes do programa Jovem Senador em 2014. Ele acrescenta regras para a implementação da educação em tempo integral à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Entre as disposições do texto estão a jornada escolar de sete horas diárias ou 35 horas semanais para a educação em tempo integral, bem como parâmetros para a implementação dessa modalidade, como a sugestão de dedicação exclusiva dos professores “sempre que possível”.
Após a rejeição da emenda proposta pelo senador Viana, o projeto seguirá para análise do plenário, onde novas discussões podem ocorrer em torno da valorização dos profissionais da educação e da implementação da educação em tempo integral. A decisão da Comissão de Educação demonstra a complexidade e os desafios envolvidos na melhoria da qualidade da educação no Brasil.