SENADO FEDERAL – Comissão de Constituição e Justiça discute critérios para prisão preventiva em audiência de custódia: periculosidade em foco.

Na manhã desta quinta-feira (13), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado se reuniu para discutir os critérios que devem orientar os juízes na avaliação da periculosidade de um indivíduo antes de decidirem pela decretação ou não da prisão preventiva. O debate também incluiu a questão da audiência de custódia, onde o preso em flagrante é ouvido pelo magistrado responsável por analisar a legalidade da prisão.

A solicitação para realização desta audiência partiu do senador Sérgio Moro, que é o relator do Projeto de Lei (PL) 226/2024, de autoria do ex-senador Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse projeto visa modificar o Código de Processo Penal para estabelecer critérios para a avaliação da periculosidade do réu, que represente riscos à ordem pública, como base para concessão da prisão preventiva.

De acordo com o senador Moro, a audiência de custódia, apesar de ser um instrumento importante do sistema de justiça por permitir o contato direto entre o juiz e o preso em flagrante, tem causado perplexidade em algumas situações, especialmente quando resulta na soltura de indivíduos perigosos. Ele citou casos noticiados, como o da soltura de um estuprador de uma criança, preso em flagrante em Maceió no ano passado.

Além disso, a audiência contou com a presença de diversas autoridades, como o ministro Flávio Dino, o procurador-geral da República, Paulo Gustavo Gonet Branco, e o procurador regional da República e professor da Universidade Federal da Bahia Vladimir Barros Aras.

O evento foi aberto à participação dos cidadãos, que puderam enviar perguntas e comentários por meio do telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e‑Cidadania. Essa interatividade permitiu que as opiniões dos cidadãos fossem consideradas durante o debate. O Senado ainda ofereceu uma declaração de participação, que poderá ser utilizada como hora de atividade complementar em cursos universitários. O Portal e‑Cidadania também é um canal para que os cidadãos expressem suas opiniões sobre os projetos em tramitação no Senado e façam sugestões para novas leis.

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