SENADO FEDERAL – Comissão de Agricultura adia análise de projeto que incentiva produção de biocombustíveis na agricultura familiar, com alterações na Política Nacional.



A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal concedeu vista coletiva ao projeto de lei que visa incentivar e promover a produção de biocombustíveis no âmbito da agricultura familiar. O PL 5.927/2023, de autoria do senador Jader Barbalho (MDB-PA), estava na pauta da comissão desta quarta-feira, porém foi retirado após um pedido de vista regimental feito pelo senador Beto Faro (PT-PA). Faro solicitou mais tempo para avaliar a proposta, levando a uma discussão mais aprofundada sobre o assunto.

A proposição busca alterar a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), estabelecida na Lei 13.576/2017, com o objetivo de estimular e apoiar a agricultura familiar voltada para a produção de matérias-primas como biodiesel e etanol. Além disso, prevê a definição de um percentual mínimo de participação na comercialização dos biocombustíveis para aqueles que possuem o Selo Biocombustível Social, garantindo benefícios fiscais aos produtores.

O projeto é relatado pelo senador Sergio Moro (União-PR), que apresentou um voto favorável à proposição, com uma emenda de sua autoria. Moro destacou a importância da medida, ressaltando a exclusão da fixação de uma cota mínima de participação na produção, que poderia causar impactos negativos ao mercado.

É importante mencionar que, durante a discussão, o relator esclareceu ao senador Jorge Seif (PL-SC) que o texto não especifica quais espécies vegetais poderão ser utilizadas como fontes de matéria-prima dos biocombustíveis. Seif, por sua vez, defendeu a inclusão de macroalgas na proposta, uma vez que já são exploradas por produtores em Santa Catarina.

Além da CRA, o projeto também será apreciado pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) e pela Comissão de Infraestrutura (CI), esta última em decisão terminativa. A discussão em torno do PL 5.927/2023 demonstra a importância e a relevância do tema para o setor agrícola e para a busca por alternativas mais sustentáveis no cenário energético nacional. A expectativa agora é que o projeto seja debatido e votado nas próximas instâncias legislativas, considerando os diversos aspectos envolvidos na produção de biocombustíveis pela agricultura familiar.

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