SENADO FEDERAL – Comissão aprova regulamentação do cartão corporativo e exige compliance de ONGs em parcerias com o governo.

A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado deu um passo significativo na regulamentação do uso do cartão corporativo, um instrumento financeiro que até então carecia de diretrizes claras. Sob a responsabilidade do relator, senador Sérgio Moro, do União-PR, o projeto de lei 3.852/2020 foi aprovado, marcando um avanço importante na busca por maior transparência e controle no uso desse recurso.

O cartão corporativo, frequentemente utilizado por órgãos do governo para despesas diversas, será submetido a normas específicas que deverão orientar sua utilização. A necessidade de uma legislação robusta nesse sentido é amplamente reconhecida, uma vez que o uso desse tipo de cartão tem sido alvo de críticas, especialmente em relação à falta de supervisão e possíveis abusos. Com a nova regulamentação, espera-se que haja um monitoramento mais rigoroso sobre as despesas realizadas e que a população tenha maior acesso às informações sobre como os recursos públicos estão sendo geridos.

Além do projeto relacionado ao cartão corporativo, a CTFC também aprovou outra importante proposta, de autoria do senador Plínio Valério, do PSDB-AM. O projeto de lei 1.316/2023 estabelece que organizações não governamentais (ONGs) que firmarem parcerias com o governo devem implementar programas de integridade ou compliance. Essa medida visa garantir que os recursos públicos empregados em parcerias com entidades da sociedade civil sejam utilizados de maneira responsável e ética, reforçando a importância de práticas que promovam a responsabilidade e a transparência.

Essa dupla aprovação na CTFC indica um movimento claro em direção à melhoria da gestão pública e à utilização consciente dos recursos financeiros. A esperança é que, com a regulamentação adequada, tanto o uso do cartão corporativo quanto as parcerias com ONGs estejam alinhados a padrões éticos mais elevados, fortalecendo a confiança da população nas instituições e reduzindo riscos de irregularidades. As duas propostas agora seguem para avaliação nas próximas etapas legislativas, onde deverão passar por mais discussões antes de uma possível sanção.

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