SENADO FEDERAL – “Comemoração dos 50 anos do Cooperativismo destaca importância de investimento em educação para fortalecer desenvolvimento social e econômico no Brasil”

Na última quarta-feira (8), uma audiência pública realizada em comemoração aos 50 anos do curso superior em cooperativismo na Universidade Federal de Viçosa (UFV), Minas Gerais, reuniu representantes de diversas instituições de ensino para discutir a importância dessa formação no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Durante o evento, muitos destacaram a necessidade urgente de políticas públicas que garantam investimentos adequados para o setor cooperativista.

O reitor da UFV, Demetrius David da Silva, ressaltou a posição da universidade como referência no empreendedorismo no país. “Temos um forte compromisso com a inovação e o empreendedorismo, sendo reconhecidos como a universidade federal mais empreendedora do Brasil”, afirmou. Essa abordagem, segundo o reitor, é fundamental para a formação de profissionais capacitados e alinhados aos valores cooperativistas.

Mariana Ramos Reis Gaete, coordenadora do Planejamento Acadêmico e Pesquisa do Ministério da Educação, destacou a relevância do cooperativismo como um tema transversal que promove valores essenciais como democracia e cidadania. Para ela, o curso tem conseguido formar profissionais comprometidos com princípios de solidariedade e sustentabilidade ao longo de suas cinco décadas de existência.

Representando a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Remy Gorga Neto comentou sobre a importância de uma formação acadêmica que privilegie a cooperação em detrimento da competição. Ele enfatizou a necessidade de desenvolver políticas que apoiem não apenas os cursos de graduação, mas também programas de mestrado e doutorado, para que o cooperativismo ganhe consistência e organização.

Os dados apresentados por Kristiane Mattar Accetti Holanda, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), revelaram que 12,4% da população brasileira está envolvida em atividades da economia cooperativa, o que reforçou a necessidade de investimento em ensinos voltados para essa área. Segundo ela, incluir o cooperativismo nos currículos não apenas promove a responsabilidade social, mas também prepara os estudantes para uma economia mais equitativa.

O evento, que contou com a presença de senadores e profissionais de diferentes universidades, expôs as dificuldades enfrentadas em relação ao orçamento escasso das instituições. A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) destacou que o Brasil precisa entender melhor o cooperativismo, mencionando iniciativas de transformação das escolas públicas em ambientes cooperativos.

Eliene Gomes dos Anjos, professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), solicitou mais recursos para integrar atividades de extensão nos currículos de forma consistente, destacando que essa é uma demanda crescente da sociedade civil. A diretora do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Marta Von Ende, reforçou a tradição da instituição no ensino do cooperativismo, ressaltando o aumento da procura por esses cursos.

Por fim, o senador Flávio Arns (PSB-PR) fez um apelo pela inclusão do tema cooperativismo na educação básica, ressaltando a importância de conscientizar as novas gerações sobre a colaboração e o diálogo, com o objetivo de construir uma sociedade mais cooperativa e solidária.

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