SENADO FEDERAL – CMA Debate Aumento de Secas e Inundações e Medidas de Mitigação no Brasil



A Comissão de Meio Ambiente (CMA) realizou uma reunião nesta quarta-feira (14) para debater a crescente frequência de secas e inundações no Brasil e as estratégias necessárias para atenuar os seus impactos. Representantes de diferentes órgãos governamentais e especialistas da área marcaram presença no encontro, demonstrando preocupação com o agravamento desses fenômenos climáticos e seus efeitos socioeconômicos.

Alan Lopes, representante da Agência Nacional de Águas, destacou que a tendência de aumento desses eventos extremos é confirmada por dados recentes. Segundo ele, a mudança climática está intensificando as secas e inundações, exigindo atenção redobrada das autoridades. “Os eventos climáticos estão se tornando cada vez mais frequentes e severos, o que nos obriga a pensar em medidas mais eficazes e integradas para enfrentá-los”, afirmou Lopes.

Patrícia Areal, do Ministério das Cidades, também participou da discussão revelando que 1.942 municípios brasileiros já foram identificados como os mais vulneráveis a esses desastres climáticos. Esta identificação é crucial para a implementação de políticas públicas direcionadas. “Com esses dados, podemos priorizar ações e recursos para as áreas que mais precisam, buscando reduzir o impacto das secas e inundações nessas regiões”, explicou Areal.

Durante a reunião, a senadora Leila Barros (PDT-DF) destacou a importância da justiça climática, sublinhando que os impactos desses eventos climáticos não são sentidos de maneira igual por todos os segmentos da população. “Os grupos sociais mais vulneráveis são os principais prejudicados pelas mudanças climáticas. Precisamos garantir que nossas políticas ambientais sejam justas e equitativas, visando proteger aqueles que mais sofrem com os desequilíbrios climáticos”, argumentou a senadora.

A discussão na CMA evidenciou a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e integrada para enfrentar os desafios impostos pelas secas e inundações. Especialistas apontam para a necessidade de investimentos em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e educação ambiental, como pilares fundamentais para a adaptação e mitigação dessas crises. Além disso, a colaboração entre diferentes níveis de governo e a participação ativa da sociedade civil foram ressaltadas como essenciais para a eficácia das políticas climáticas.

Ao final do encontro, ficou claro que o enfrentamento das secas e inundações exige um esforço conjunto e contínuo, que vá além das medidas emergenciais, abraçando uma visão de longo prazo para a sustentabilidade e resiliência das comunidades brasileiras.

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