A parceria, que teve início em 1994, divide os custos entre os dois países e prevê o compartilhamento dos dados coletados. O senador Astronauta Marcos Pontes, relator do projeto, destacou os resultados positivos das gerações anteriores de satélites e afirmou que o acordo está alinhado com os interesses nacionais, fortalecendo as relações bilaterais e promovendo a cooperação internacional em matéria espacial.
Durante a discussão no Senado, o senador Izalci Lucas questionou a inovação da nova tecnologia e o interesse da China nos dados coletados. Pontes ressaltou as limitações dos satélites atuais em detectar o desmatamento após o ocorrido e afirmou que o CBERS-6 permitirá antecipar possíveis desmatamentos, além de conseguir captar imagens em condições meteorológicas adversas.
Apesar do apoio de vários senadores, como Eduardo Braga, que destacou a importância do acordo para a prevenção de desastres e o compartilhamento de custos, houve votos contrários ao projeto. O senador Eduardo Girão argumentou que o Brasil está investindo um valor elevado em um momento de crise econômica, enquanto Cleitinho questionou a justificativa para o investimento diante da tecnologia nacional disponível.
Por outro lado, Pontes defendeu a importância de investir em tecnologia para beneficiar diversos setores e destacou a contribuição do monitoramento por SAR na detecção de movimentos irregulares em barragens, visando prevenir desastres como os de Mariana e Brumadinho.
Em resumo, a ratificação do acordo entre Brasil e China para a construção do CBERS-6 representa um avanço na cooperação internacional em matéria espacial, visando melhorar o monitoramento e prevenir desastres ambientais no país. Apesar das críticas, a parceria é vista como um passo importante para o fortalecimento do programa aeroespacial brasileiro e a proteção do meio ambiente.