Os sindicatos e representantes dos trabalhadores foram enfáticos ao defender a redução da carga horária sem que haja prejuízo salarial. Argumentaram que a medida não apenas beneficiaria os empregados, mas também poderia ser classificada como uma questão de saúde pública. Segundo os representantes dos trabalhadores, a diminuição da jornada poderia resultar em um aumento da qualidade de vida, refletindo positivamente na saúde mental e física dos colaboradores. Eles destacaram que condições de trabalho mais equilibradas podem impactar diretamente na produtividade e no bem-estar dos profissionais.
Por outro lado, os empresários apresentaram uma análise crítica sobre a proposta. Um representante da classe patronal alertou para os possíveis impactos econômicos que a redução da jornada poderia trazer às empresas. Ele enfatizou que, em um cenário já desafiador para a maioria dos setores, a diminuição das horas trabalhadas poderia gerar um efeito cascade de dificuldades, como a redução na capacidade de entrega e um aumento nos custos operacionais. Para eles, ao invés de promover a redução da jornada, o foco deveria estar em soluções que estimulassem a produtividade e a eficiência no ambiente laboral.
O debate acirrado refletiu uma divisão clara entre as preocupações sociais e as realidades econômicas enfrentadas pelas empresas. Enquanto os trabalhadores clamam por melhores condições e direitos, os empresários se mostram cautelosos, temendo que mudanças drásticas possam comprometer a viabilidade dos negócios. O desfecho dessa audiência pública evidencia a complexidade da construção de um ambiente de trabalho mais justo, que equilibre as necessidades de todos os envolvidos. A próxima etapa desse diálogo será crucial para determinar os rumos da legislação trabalhista no país.