SENADO FEDERAL – A reformulação da Lei de Cotas é aprovada pela Comissão de Direitos Humanos.

Foi apresentado um projeto de lei, o PL 5.384/2020, por um grupo de deputados composto por Maria do Rosário (PT-RS), Benedita da Silva (PT-RJ), Damião Feliciano (PDT/PB) e outros 52 parlamentares, que visa reformular o sistema de cotas para o ensino federal. Esse projeto de lei busca alterar a Lei das Cotas, também conhecida como Lei 12.711/2012, que está prevista para passar por uma revisão neste ano.

A proposta foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) no dia 30 de junho. O objetivo é criar um programa especial de acesso às instituições federais de educação superior e de ensino técnico de nível médio, incluindo estudantes quilombolas entre os beneficiários. Além disso, o projeto também pretende modificar critérios de renda e raça na destinação das vagas para esses beneficiados.

O senador Paulo Paim (PT-RS) foi designado como relator do projeto, que agora seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A Lei das Cotas, desde sua implementação em 2012, tem sido fundamental para promover a inclusão de estudantes de baixa renda e negros no ensino superior, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e raciais no país. No entanto, com o passar dos anos, tornou-se necessária uma revisão para adequar a legislação às demandas atuais.

Nesse sentido, o projeto de lei busca ampliar o alcance das cotas, incluindo especificamente os estudantes quilombolas como beneficiários. Essa medida é relevante, uma vez que os quilombolas são grupo socialmente vulnerável e historicamente excluído das oportunidades educacionais.

Além disso, o projeto também propõe a modificação dos critérios de renda e raça para a destinação das vagas. A intenção é garantir que os estudantes que mais precisam sejam efetivamente contemplados, levando em consideração as especificidades de cada região e promovendo uma distribuição mais justa das oportunidades.

A aprovação do projeto pela Comissão de Direitos Humanos representa um importante avanço para a promoção da igualdade de acesso ao ensino superior no país. Agora, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, que deverá avaliar a sua constitucionalidade.

É fundamental que o debate em torno desse projeto de lei seja amplo e democrático, garantindo a participação de todos os envolvidos e, principalmente, dos estudantes beneficiados pelas cotas. Afinal, o objetivo é construir uma legislação que seja efetiva na promoção da inclusão e da igualdade de oportunidades no ensino federal.

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