Idealizado pela equipe econômica chefiada pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e implementado por medida provisória pelo presidente Itamar Franco, o Real representava a esperança de um futuro econômico mais estável para o país. Enquanto a seleção brasileira disputava a Copa do Mundo de futebol, com o sonho do tetracampeonato, os brasileiros também torciam para que a nova moeda conseguisse vencer um adversário tão resistente quanto os grandes times de futebol: a inflação.
Antes do lançamento do Real, os brasileiros enfrentaram períodos turbulentos, com diversos planos econômicos fracassados, como o Plano Cruzado em 1986. Contudo, a equipe de economistas por trás do Plano Real sabia que era necessário adotar medidas mais estruturadas para atingir a estabilidade econômica almejada.
A implementação do Real foi gradual, com cortes de gastos públicos, aumento de receitas e privatização de estatais. Diferentemente do Plano Cruzado, o Real foi instituído por medida provisória e passou por votação no Congresso Nacional em 1995, ano em que Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente da República.
Com o Real em circulação, a inflação foi mantida sob controle na maior parte do tempo, raramente ultrapassando os 10% ao ano. Apesar disso, houve impactos na economia nacional, como desemprego e desafios para a indústria nacional diante da abertura econômica e valorização da moeda.
Após a implantação do Plano Real, o Brasil conseguiu manter a inflação controlada, com índices como o IPCA variando em patamares mais baixos, contribuindo para a estabilidade econômica do país. A jornada do Real ao longo dessas três décadas é um marco na história econômica do Brasil, demonstrando os desafios e conquistas de um país em busca de sua estabilidade financeira.
