SENADO FEDERAL – “13 de Maio: Reflexão sobre a Herança Escravocrata no Brasil em vez de Comemoração”



Entre os séculos 16 e 19, aproximadamente 4 milhões de pessoas foram sequestradas da África e trazidas ao Brasil como escravizadas, um capítulo sombrio que marcou a história do país. O Brasil, por sua vez, destacou-se por ser responsável por mais de um terço do comércio negrreiro global, consolidando-se como o último país das Américas a abolir a escravidão. A Lei Áurea, que ocorreu em 13 de maio de 1888, encerrou formalmente esse sistema opressivo, mas, segundo autoridades como os senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Teresa Leitão (PT-PE), essa data deve ser vista como um momento de reflexão, e não de celebração.

Moura e Leitão ressaltam que, apesar do fim da escravidão legal, as cicatrizes deixadas por esse período ainda são visíveis na sociedade brasileira contemporânea. A herança cultural e estrutural da escravidão permanece, manifestando-se em desigualdades sociais, raciais e econômicas que afetam milhões de brasileiros, em sua maioria negros e pardos. Os senadores enfatizam que o 13 de maio deve servir como um alerta para que o Brasil não apenas reconheça o passado, mas também enfrente as injustiças que persistem no presente.

A luta por igualdade e reparação ainda é uma realidade urgente e necessária no país. Os desafios enfrentados pela população negra continuam a ser um tema central nas discussões sociais e políticas, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes que promovam inclusão e equidade. Moura e Leitão reforçam que reconhecer a história é fundamental para construir um futuro mais justo, onde a diversidade e a igualdade de oportunidades sejam valoradas e respeitadas.

Nesse contexto, o 13 de maio deve ser interpretado como um convite à reflexão e ação coletiva, incitando não apenas a memória do passado, mas a responsabilidade de todos na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Portanto, a verdadeira comemoração está na luta contínua contra o racismo e a opressão, buscando um Brasil onde as lições da história sirvam como catalisadoras de mudança e transformação social.

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