A iniciativa para essa visita foi proposta pelo senador Eduardo Girão, do partido Novo-CE, e obteve a aprovação da Comissão de Direitos Humanos do Senado em uma reunião realizada na última quarta-feira. Girão argumentou que a visita é crucial para verificar as condições das detentas e investigar alegações de possíveis abusos e violações de direitos humanos. Segundo o senador, a diligência se faz imprescindível diante das circunstâncias que envolvem a atual situação das mulheres.
Entre as acusadas mencionadas no requerimento estão Michely Paiva Alves, Rosana Maciel Gomes e Raquel Lopes de Souza. Contudo, Cristiane da Silva, que também foi citada, já foi deportada de volta ao Brasil no dia 24 de maio. As mulheres estão sob investigação por crimes sérios, que incluem a abolição violenta do Estado, danos qualificados ao patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.
A visita da comitiva parlamentar não é apenas um gesto de solidariedade, mas também uma tentativa de avaliar como as acusadas estão sendo tratadas no sistema de justiça norte-americano. Girão ressalta que é fundamental que a Comissão de Direitos Humanos atue de forma ativa, buscando assegurar que os direitos das mulheres sejam respeitados e que sua detenção esteja em conformidade com as normas internacionais.
Este movimento reflete não apenas preocupações individuais sobre o tratamento de brasileiras no exterior, mas também o papel do Senado em questões de direitos humanos, especialmente em tempos de extrema polarização política e social. Essa esforçada busca por respostas poderá lançar luz sobre questões mais amplas que envolvem a proteção de cidadãos brasileiros fora de suas fronteiras.