Senado delibera sobre renegociação de dívidas estaduais e municipais, novo estatuto da segurança privada e créditos emergenciais



O Senado Federal se prepara para uma sessão deliberativa significativa nesta terça-feira (13), às 14h, destacando, entre outros pontos, a análise do Projeto de Lei Complementar (PLP) 121/2024. Proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o projeto institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Com uma abordagem inovadora, o Propag visa revisar os termos das dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União, proporcionando um alívio fiscal necessário e criando condições para incrementar a produtividade, além de enfrentar desafios nas áreas de mudanças climáticas, infraestrutura, segurança pública e educação.

Rodrigo Pacheco destacou a importância do PLP 121/2024 na justificativa do projeto, afirmando que a medida possibilitará negociações benéficas para ambas as partes envolvidas, permitindo que dívidas suspensas voltem a ser pagas. “O Propag é uma solução que permitirá que os estados solucionem de forma definitiva o problema do endividamento, e que a União volte a receber os pagamentos das dívidas”, explicou Pacheco.

O programa será acessível aos estados que possuam dívidas com o Tesouro Nacional até 31 de dezembro de 2024. Atualmente, estima-se que as dívidas estaduais somam mais de R$ 765 bilhões, com a maior parte dessa quantia concentrada em Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A origem do problema remonta às décadas de 1970 e 1990, quando os estados emitiram títulos de dívida para aumentar a arrecadação, mas crises econômicas e altos juros resultaram em uma grave condição fiscal.

Além do Propag, o Senado também poderá votar o Estatuto da Segurança Privada, representado pelo SCD 6/2016, um substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 135/2010. Originalmente proposto pelo ex-senador Marcelo Crivella, o projeto estabelecia o piso salarial nacional para vigilantes. No entanto, após modificações na Câmara, o escopo do projeto agora inclui regulamentações para a atuação das empresas de segurança, formação de profissionais e uso de armas e equipamentos controlados. O relator do projeto, senador Laércio Oliveira (PP-SE), enfatizou que o estatuto visa proporcionar um ambiente seguro e respeitoso para os trabalhadores da segurança privada.

A sessão de terça-feira também inclui a última discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023. A PEC, proposta pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), permite que os municípios parcelem suas dívidas previdenciárias em até 240 parcelas mensais, sujeito a determinadas condições.

Por fim, duas medidas provisórias estão na pauta: a MP 1.214/2024 e a MP 1.218/2024, ambas destinadas à alocação de recursos emergenciais para ações de defesa civil e apoio a regiões afetadas pelo fenômeno El Niño e enchentes no Rio Grande do Sul. O valor destinado totaliza aproximadamente R$ 12,6 bilhões, com grandes aportes para os Ministérios dos Transportes e da Defesa.

Assim, o Senado se prepara para uma sessão crucial, abordando temas de importância fiscal, segurança pública e suporte emergencial, refletindo a amplitude e a complexidade dos desafios enfrentados pelo país.

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