Vale destacar que uma parte dessa atualização salarial já foi implementada em abril deste ano. Uma segunda parcela de 4,5% está programada para ser efetivada em 1º de janeiro de 2026, desde que a MP seja sancionada como lei. Para que isso ocorra, o texto precisa passar pela promulgação do Congresso Nacional, onde a Câmara dos Deputados já sinalizou seu apoio ao projeto na semana anterior à votação no Senado. A medida provisória foi inicialmente editada pelo governo federal em março.
É importante ressaltar que o reajuste afeta exclusivamente o que é denominado “soldo”, a remuneração básica dos militares. Contudo, os integrantes das Forças Armadas têm a possibilidade de receber adicionais, o que pode resultar em vencimentos ainda mais elevados. Com o novo reajuste, o salário inicial de um recruta passará de R$ 1.078 para R$ 1.177. Já para os oficiais de maior patente, como generais, os salários poderão ser incrementados de R$ 13.471 para R$ 14.711.
O deputado Eduardo Pazuello, responsável por relatar a medida provisória na comissão mista, expressou a dificuldade em elevar o valor do reajuste. Em reuniões com representantes do governo e do Ministério da Defesa, Pazuello destacou que as limitações orçamentárias foram um obstáculo considerável. “Eu queria muito, mas não dá. O orçamento não comporta. Tentei várias hipóteses”, afirmou, demonstrando preocupação com as implicações financeiras da proposta.
Com esta medida, o governo busca atender às demandas dos militares, que desempenham um papel crucial na defesa do país, ao mesmo tempo em que navega por um cenário econômico complexo. A implementação desse reajuste é vista como um passo necessário para valorizar os profissionais das Forças Armadas, refletindo a importância dos serviços prestados por estes profissionais.