Senado aprova projeto que estabelece marco regulatório para produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono e incentivos fiscais no setor.

Aprovado pelo Plenário do Senado, o projeto de lei da Câmara que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor, marca um avanço significativo para a indústria brasileira. Com o objetivo de contribuir para a descarbonização da matriz energética do país, a matéria agora aguarda novas análises na Câmara dos Deputados.

O PL 2.308/2023 cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, compreendendo diversos programas e incentivos para o desenvolvimento do setor. O relator do projeto, senador Otto Alencar (PSD-BA), promoveu mudanças e acatou emendas que buscam incentivar a produção de hidrogênio de baixa emissão, incluindo o uso de fontes renováveis.

O projeto prevê benefícios como o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), que suspende a incidência de tributos sobre a compra de matérias-primas e produtos intermediários pelos produtores habilitados. Além disso, as empresas beneficiadas poderão emitir debêntures incentivadas, tornando seus projetos mais atrativos para investidores.

A certificação do processo produtivo e a criação do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio são outras medidas previstas no texto aprovado. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis será responsável por autorizar as atividades relacionadas ao hidrogênio, garantindo a produção apenas por empresas brasileiras.

O projeto também estabelece medidas para a concessão de créditos fiscais, incentivando a produção e comercialização do hidrogênio de baixa emissão. Com previsão de R$ 18,3 bilhões em benefícios fiscais em cinco anos, o projeto é visto como um impulso para a transição energética do país e a diversificação do parque industrial.

Senadores como Cid Gomes (PSB-CE) elogiaram a iniciativa, destacando a importância do Brasil se tornar protagonista nesse mercado. O projeto agora segue para novas etapas de análise, mas já representa um marco na busca por uma indústria de hidrogênio mais sustentável e inovadora.

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