Para piorar o quadro, a estratégia de zerar impostos sobre alimentos importados, considerada uma possível solução para conter a inflação de alimentos, é vista por especialistas como um fracasso em potencial. Além disso, a posse de Gleisi Hoffmann como ministra nesta segunda-feira também sinaliza momentos difíceis para o governo, já que a capacidade da política de articular com o Congresso é questionada, especialmente diante das divisões internas e da falta de apoio de outros partidos.
A escolha de Gleisi para o cargo ministerial é interpretada como uma medida de desespero por parte de Lula, que não conseguiu encontrar outras opções dentro do Centrão, revelando a dificuldade do ex-presidente em formar alianças sólidas. A estratégia do “tudo ou nada” adotada por Lula, ao lado de figuras como Boulos, corre o risco de resultar em mais desgaste político e poucos avanços efetivos.
Enquanto isso, no campo econômico, os Correios enfrentam uma situação delicada, com prejuízos bilionários e uma perda significativa de mercado para concorrentes privados. A interferência do governo em questões como a taxação de encomendas internacionais contribui para a deterioração da situação financeira da estatal, que vê seu futuro comprometido pela falta de investimento em tecnologia e pela concorrência desleal.
Diante desse cenário desafiador, a classe política se divide entre diferentes interesses e propostas, com debates sobre questões ambientais, alimentares e orçamentárias tomando conta do noticiário. Enquanto isso, as incertezas e os desafios se acumulam, revelando um início de ano conturbado e repleto de obstáculos para o governo e para o país como um todo.