Na próxima quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandará, no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes, eventos em memória dos dois anos dos ataques que abalaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O dia será marcado por momentos de celebração da democracia e pela apresentação de obras restauradas após os danos causados pelos atos antidemocráticos.
Cerimônia no Palácio do Planalto
A programação começará no Palácio do Planalto, com uma cerimônia oficial que reunirá líderes dos Três Poderes, entre eles os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Também estarão presentes os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de governadores e outras autoridades.
Durante o evento, o destaque será a apresentação de 21 obras de arte que foram restauradas após os ataques, simbolizando a recuperação do patrimônio público e a preservação da memória nacional. Entre os itens, está o relógio histórico trazido ao Brasil por Dom João VI, restaurado na Suíça sem custos para o governo brasileiro, e a icônica tela As Mulatas, de Di Cavalcanti, que será reinaugurada no Salão Nobre do Planalto.
A entrega do quadro contará com uma atividade especial: estudantes do Projeto de Educação Patrimonial entregarão a Lula réplicas de peças restauradas, reforçando o papel educativo e cultural da preservação do patrimônio.
Ato simbólico na Praça dos Três Poderes
Após a cerimônia, Lula e demais autoridades descerão a rampa do Planalto para participar do ato simbólico Abraço pela Democracia, organizado pela Frente Brasil Popular. O evento, que será realizado na Praça dos Três Poderes, deve reunir cerca de mil participantes, incluindo representantes de partidos de esquerda, centrais sindicais e entidades como a CUT, CNBB e OAB.
A mobilização tem como objetivo reafirmar o compromisso com a defesa da democracia, especialmente após os eventos traumáticos de 2023. A organização espera que o ato simbolize não apenas a resistência democrática, mas também a união entre governo, sociedade civil e instituições na preservação do Estado de Direito.
Mensagem de resistência e esperança
Os eventos refletem o esforço do governo e de movimentos sociais em reforçar a memória coletiva sobre os ataques de 8 de janeiro, destacando a superação dos danos materiais e a importância da mobilização em defesa das instituições democráticas. A ocasião será também uma oportunidade para reafirmar o compromisso do país com a justiça e a reconstrução, dois anos após um dos episódios mais críticos da história política brasileira recente.