Amente astucioso, Aprígio pretendia capitalizar politicamente sobre o falso ataque, durante a disputa acirrada do segundo turno contra o Engenheiro Daniel, do União Brasil. Vídeos do ex-prefeito, aparentemente ferido e recebendo cuidados hospitalares, espalharam-se rapidamente, levando muitos a acreditarem na seriedade da ameaça. Entretanto, a Operação “Fato Oculto” desmascarou a farsa, envolvendo pelo menos nove pessoas no esquema, incluindo três de seus então secretários municipais.
Entre os cúmplices, destacam-se figuras como o sobrinho de Aprígio, Christian Lima Silva, já conhecido por implicações em fraudes passadas, e secretários que teriam recorrido a intermediários para contratar os supostos atiradores. Gilmar de Jesus Santos, contratado por uma vultosa quantia, juntamente com Odair Júnior de Santana, foram alvos centrais na investigação. O esquema, no entanto, desmoronou com a prisão de Gilmar, enquanto outros envolvidos, como Odair, permanecem foragidos. A arma utilizada, um fuzil AK-47, ainda está desaparecida.
A Justiça, por ora, negou a prisão de alguns dos principais articuladores, limitando-se a autorizar buscas e apreensões. Essa decisão não impediu a continuidade das investigações, também monitoradas pela Polícia Federal, que permanece discreta sobre detalhes adicionais. No cenário político, o atual prefeito, Engenheiro Daniel, reagiu às conclusões das investigações com serenidade, considerando-as a confirmação de suas suspeitas e destacando o sério trabalho policial. Ele enxerga nessa revelação uma cicatrização do impacto causado tanto em sua vida política quanto pessoal, confiando no justo desfecho deste controverso episódio.