Secretário-executivo da Fazenda defende parceria com entes federativos para aprovação da Reforma Tributária no Congresso em evento da Receita Federal.


O atual cenário político nacional está marcado por divergências entre o Ministério da Fazenda e os governadores em relação à tramitação da Reforma Tributária no Congresso. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, afirmou em um evento da Receita Federal nesta terça-feira que a aprovação da reforma depende do apoio dos entes federativos. Esse posicionamento surge após publicamente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul anunciarem a intenção de aumentar a alíquota do ICMS, alegando prejuízos com a reforma.

Durigan ressaltou a importância da parceria entre o governo federal, governos estaduais e municipais para a efetivação da reforma, classificando-a como histórica e aguardada pela população. A Reforma Tributária, que unifica cinco tributos sobre consumo e adota o imposto sobre valor agregado (IVA), está em tramitação na Câmara dos Deputados após a aprovação no Senado no início de novembro. O texto propõe a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) a nível federal e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) a nível estadual, unificando tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

Uma das principais fontes de discordância entre a Fazenda e os governadores é a participação de cada ente federativo no total arrecadado pelo novo imposto. Os governadores alegam que a arrecadação do IBS dependerá da receita média de cada estado com o ICMS entre 2024 e 2028, o que motivou a intenção de aumentar a alíquota para garantir um maior fluxo de recursos. A resposta da Fazenda foi mencionar as leis aprovadas durante o governo Bolsonaro que reduziram a arrecadação de impostos como ICMS.

Dario Durigan ressaltou que a Reforma Tributária tem o potencial de proporcionar ganhos de produtividade, destacando a necessidade de avanços no modelo federativo e tributário do país. O diálogo e a parceria entre os entes federativos e o governo federal se mostram fundamentais para a aprovação da reforma, que se mostra como uma das principais pautas no cenário político atual. A promulgação do texto ainda este ano permanece como uma possibilidade, mas dependerá do entendimento e da colaboração entre todas as esferas de governo.

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