“É preciso buscar mais atores, independentemente de seu tamanho e importância”, destacou Pereira, lamentando o que considera ser a falta de diversidade nas vozes que participam dessas conversações. A participação de organizações internacionais, como a ONU, foi mencionada como crucial para facilitar esse processo de mediação, ressaltando que a busca por soluções mais inclusivas poderia favorecer o andamento das negociações. Pereira lembrou que, no passado, Brasil e China se uniram para apresentar uma proposta que visava a resolução do conflito, contando com o suporte significativo do Sul Global.
Embora tenha reiterado a importância de um acordo de paz, Pereira se apressou em afirmar que essa é uma opinião pessoal e que o PT ainda não possui uma posição oficial sobre o tema. No entanto, a urgência de um entendimento entre as partes envolvidas foi um ponto que ele não hesitou em sublinhar. “Precisamos alcançar um acordo de paz o mais rápido possível”, disse, mostrando-se cauteloso, mas ao mesmo tempo otimista com a evolução do contexto.
A conversa recente entre Trump e Putin, que durou mais de 90 minutos, abordou diversos tópicos, com foco especial na crise ucraniana. Durante essa conversa, ficou acordada uma trégua de 30 dias em relação a ataques contra a infraestrutura energética da Ucrânia e o início de negociações para um cessar-fogo no Mar Negro. Pereira, no entanto, evitou se posicionar sobre questões delicadas, como possíveis concessões territoriais da Ucrânia ou os efeitos da adesão do país à OTAN.
A expectativa agora é se a pressão por diálogo se concretizará em ações efetivas que possam levar a uma resolução duradoura para um conflito que já custou milhares de vidas e destabilizou a região. A participação de uma gama mais ampla de países e órgãos internacionais pode ser a chave para um futuro mais pacífico entre as nações envolvidas.