O treinamento está sendo conduzido pelo especialista em Dermatologia Maurício Lisboa Nobre. Em sua fala, o profissional destacou a importância dessa capacitação e ressaltou que a hanseníase passa despercebida por longos períodos de tempo devido aos poucos sintomas apresentados. São lesões que não ardem, não doem e não incomodam, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, é fundamental que a atenção básica vá em busca dos casos, evitando complicações maiores.
Além disso, o médico enfatizou que essa ação é essencial para alertar os profissionais e incentivar um trabalho continuado de busca ativa dos casos. Isso possibilita um diagnóstico precoce, amplia as chances de tratamento para os pacientes e contribui para o rompimento da cadeia de transmissão da doença.
Após a explanação teórica e prática que ocorreu durante a manhã e tarde da segunda-feira, a capacitação continuou com aulas práticas sobre avaliação neurológica simplificada e teste de sensibilidade de lesões cutâneas. O objetivo é que os profissionais estejam preparados para oferecer um atendimento qualificado à população.
Esse projeto faz parte das ações do Ministério da Saúde e compreende tanto a capacitação dos profissionais quanto o trabalho de campo nas Unidades de Saúde. A partir de terça-feira, o atendimento direto à população será priorizado, especialmente para pacientes com sinais e sintomas suspeitos de hanseníase. As atividades práticas serão realizadas em locais selecionados, como o Pam Salgadinho, a Unidade Docente Assistencial – UDA Governador Divaldo Suruagy, a UBS José Pimentel Amorim e o ESF Village II – UDA Prof. Gilberto de Macedo – UFAL.
Durante toda a semana, a capacitação visa atualizar e aprimorar o conhecimento dos profissionais de saúde da atenção básica, a fim de fortalecer o enfrentamento da hanseníase e garantir um cuidado adequado à população.