Seca no Rio Solimões isola mais de três mil pessoas em Benjamin Constant, desencadeando crise humanitária e econômica na região.

 

A cidade de Benjamin Constant, localizada no sudoeste do Amazonas, está enfrentando uma seca extrema que tem impactado severamente a população local. Com menos de 44 mil habitantes, a região tem sofrido com a pior seca do Rio Solimões em 42 anos, o que tem dificultado a navegação e isolado mais de três mil pessoas.

A situação crítica levou os ribeirinhos a usar enxadas para abrir canais que permitam a passagem de pequenas embarcações, enquanto os preços de remédios e alimentos dispararam devido à escassez de produtos. A principal passagem pelo Rio Solimões, que dá acesso à cidade, está bloqueada por bancos de areia, levando à interrupção do transporte por hidrovias.

A seca começou muito antes do esperado este ano, com a navegação já interrompida desde julho. A Defesa Civil local ainda não tem previsão para a recuperação das águas, e outro canal do Rio Solimões também corre risco de secar completamente, o que deixaria Benjamin Constant isolada do polo econômico de Tabatinga.

A população de Benjamin Constant tem sido duramente afetada pela estiagem, com mais de um terço da população sofrendo com a falta de água e aumento nos preços de produtos básicos. A prefeitura local está perfurando poços para garantir o abastecimento de água, enquanto moradores como Odinei Barbosa, presidente de uma comunidade pesqueira, estão enfrentando desafios diários para acessar recursos essenciais.

Diante desse cenário preocupante, a região enfrenta uma crise ambiental que tem impactado agricultores, pescadores e a população em geral. Medidas emergenciais estão sendo tomadas para amenizar os efeitos da seca, mas a situação permanece crítica para os habitantes de Benjamin Constant.

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