De acordo com Ana Paula Burian, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o setor privado oferecem vacinas específicas para bebês prematuros. No SUS, as vacinas estão disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que oferecem imunização às pessoas que necessitam de atenção especial. As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que se proteja o máximo possível, com a menor reação possível.
Devido à imaturidade cardiológica, pulmonar e neurológica, os prematuros tendem a ter mais reação. Além disso, devido à imaturidade imunológica, eles tendem a responder menos às vacinas. A passagem de anticorpos da mãe para o bebê ocorre mais no final da gestação, o que significa que quando o bebê nasce prematuro, ele ainda não recebeu a grande maioria de anticorpos protetores da mãe, até que esteja apto a produzir seus próprios anticorpos.
As vacinas disponíveis nos centros de Referência em Imunobiológicos Especiais e no setor privado incluem proteção contra diversas doenças como difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite, rotavírus, pneumonia, entre outras.
Ana Paula também explica que a dor nos bebês prematuros pode causar consequências, como apneia. Por isso, é importante que o prematuro seja mais protegido, pois é mais vulnerável e tem menos reação. Ela orienta os pais a não adiarem a vacinação dos prematuros e esclarece que mesmo que o prematuro esteja internado em UTI, é importante que a instituição procure a Secretaria Municipal de Imunizações para se inteirar do calendário de imunização e providenciar a vacina para a criança internada. Cada caso será avaliado para a vacina pertinente, segundo Ana Paula Burian.
Dessa forma, cuidados especiais com a vacinação dos bebês prematuros são essenciais para garantir a proteção e a saúde dessas crianças.