O dióxido de cloro, embora tenha sido promovido por alguns como um “medicamento milagroso”, carece de respaldo científico e médico. Classificado como uma substância corrosiva, o seu uso pode resultar em sérios danos à saúde, especialmente em crianças. Desde o início da pandemia de Covid-19, essa substância tem sido ilegalmente comercializada, atraindo principalmente pessoas em busca de soluções rápidas para problemas de saúde graves.
A ação da AGU foi motivada por denúncias recebidas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após investigação, as autoridades sanitárias identificaram cerca de 30 grupos no Telegram que promoviam o uso do dióxido de cloro para diversos fins, apresentando informações sem qualquer fundamento. Em uma notificação formal enviada ao Telegram, a procuradoria alertou sobre a gravidade da situação, afirmando que a disseminação desse tipo de informação constitui uma forma de desinformação, que pode levar o público a acreditar em promessas infundadas sobre tratamentos de saúde.
Além de solicitar a remoção dos grupos, a AGU também pediu que a plataforma bloqueasse o uso de palavras-chave e hashtags que facilitassem o acesso a esse tipo de conteúdo. O órgão enfatizou que a saúde pública é um tema de extrema relevância, e que informações enganosas podem colocar em risco a vida de muitas pessoas.
A Agência Brasil tentou um contato com o Telegram para obter um pronunciamento sobre a questão, mas ainda não recebeu uma resposta. A posição da empresa será acompanhada de perto, dado o impacto que essas práticas podem ter no bem-estar da população. As ações da AGU refletem um esforço contínuo para combater a desinformação e proteger a saúde pública em um contexto onde notícias falsas se espalham rapidamente, especialmente à luz de uma crise global de saúde.
