SAÚDE – Sócio de laboratório envolvido em infecção por HIV em transplantes no Rio aponta falha humana nos resultados preliminares.



O caso que chocou o Rio de Janeiro e todo o país envolvendo a infecção por HIV de pacientes transplantados tem causado grande comoção e levantado diversas questões sobre a segurança dos serviços de saúde. Segundo informações da polícia, um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme, Walter Viera, foi preso após pacientes terem sido infectados pelo vírus após transplantes.

Em depoimento às autoridades, Viera alegou que houve uma falha humana na transcrição dos resultados de dois testes de HIV, o que levou à emissão de laudos falsos sobre a condição dos doadores. Esses laudos indicavam que os doadores não eram portadores do HIV, quando na verdade eram positivos, resultando na infecção de seis pessoas que receberam os órgãos.

Em uma nota divulgada recentemente, o laboratório afirmou que abriu uma sindicância interna para investigar o caso e que não há indícios de um esquema criminoso para forjar resultados. A defesa de Viera e de Mateus Vieira, outro sócio do laboratório, repudiou as acusações de envolvimento em atividades ilícitas e confia que a Justiça entenderá a situação e considerará a liberdade dos acusados.

O laboratório também apontou que uma das assinaturas nos laudos, pertencente a Jacqueline Iris Bacellar de Assis, não possuía documentação válida para atestar os resultados dos exames, o que levou a uma falsa sensação de competência por parte da empresa. A situação tem levantado questionamentos sobre a segurança e a competência dos laboratórios envolvidos em prestação de serviços de saúde.

O caso tem sido tratado como grave pelas autoridades de saúde, e medidas rigorosas estão sendo tomadas para investigar as circunstâncias que resultaram nas infecções. O laboratório PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária local, e novos exames pré-transplante estão sendo realizados para garantir a segurança dos procedimentos.

A Fundação Saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro, responsável por contratar os serviços do laboratório, também está sob escrutínio por sua ligação com os proprietários da empresa. O deputado federal Dr. Luizinho, ex-secretário estadual de Saúde e parente dos sócios do laboratório, negou qualquer participação na escolha do laboratório para prestação de serviços.

A investigação continua em andamento, e as autoridades estão empenhadas em esclarecer todos os detalhes desse caso sem precedentes que abalou a confiança na segurança dos serviços de saúde no estado. É fundamental que sejam tomadas medidas rigorosas para garantir a transparência e a segurança dos procedimentos médicos no futuro.

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