Para colher opiniões da sociedade sobre essa proposta, a ANS aprovou a realização de uma consulta pública, que ocorrerá entre os dias 18 de fevereiro e 4 de abril. Os documentos detalhando a proposta serão disponibilizados em breve, e uma audiência pública está marcada para o dia 25 deste mês para debater o tema.
A expectativa da ANS é que esses novos planos possam beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros, ajudando a desafogar as filas de exames no Sistema Único de Saúde (SUS) e acelerar os diagnósticos. A agência destaca que a atenção primária tem capacidade de resolver entre 80% e 90% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da vida, segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde.
Inicialmente, os novos planos seriam criados em um “sandbox” regulatório, o que significa que teriam um caráter experimental nos dois primeiros anos, com acompanhamento rigoroso. Após esse período, a ANS realizará uma avaliação para decidir se o modelo deve ser mantido ou descontinuado. As operadoras interessadas em participar desse ambiente experimental precisarão criar e registrar o novo plano de saúde, que poderá ter coparticipação de até 30%.
Essa proposta da ANS busca ampliar o acesso ao atendimento na atenção primária e secundária, oferecendo uma opção mais acessível e direcionada para consultas e exames, a fim de beneficiar milhões de brasileiros e melhorar o sistema de saúde como um todo.