Recentemente, relatos de casos em que a aplicação incorreta de ultrassom microfocado resultou em quadros de baixa visão, dor e aumento da pressão intraocular foram destacados pelo conselho. Essas complicações podem evoluir para glaucoma secundário e catarata, evidenciando a importância da qualificação dos profissionais responsáveis pelos procedimentos estéticos.
Sinais de alerta, como dor na região ocular, sensibilidade à luz, pontos de luz no campo de visão e vermelhidão dos olhos, devem ser levados em consideração, exigindo uma avaliação oftalmológica de urgência. O CBO recomenda que os pacientes procurem profissionais devidamente treinados, com certificações válidas e experiência comprovada na realização de procedimentos estéticos.
Além disso, a entidade lista cuidados essenciais para evitar complicações oculares, como a certificação dos equipamentos utilizados, a personalização do plano de tratamento de acordo com as necessidades do paciente e a avaliação prévia das condições de saúde ocular. Procedimentos invasivos devem ser realizados exclusivamente por profissionais formados em medicina, de acordo com a Lei do Ato Médico.
Durante o 68º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, promovido pelo CBO em Brasília, o debate sobre a realização de procedimentos estéticos por profissionais não qualificados estará em pauta. A necessidade de conscientização sobre os riscos envolvidos e a importância de buscar profissionais capacitados para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos estéticos nos olhos são temas centrais dessa discussão.