Os dados levantados entre os dias 2 e 11 de setembro mostram que 1.563 municípios enfrentam a falta de vacinas há pelo menos 30 dias. Isso representa cerca de 28% do total de municípios do país e evidencia um problema que prejudica a saúde pública, especialmente nesse momento de enfrentamento à pandemia da covid-19.
Entre os imunizantes mais em falta estão os que protegem contra varicela, covid-19 e meningocócica C. A vacina contra varicela, por exemplo, está ausente em 1.210 municípios, com um período médio de desabastecimento superior a 90 dias. Já a vacina contra a covid-19 para crianças não está disponível em 770 municípios, com uma média de 30 dias sem o imunizante.
A situação também se agrava com a falta de vacinas como a Tetraviral, Hepatite A e DTP em centenas de municípios pelo país. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ressalta a importância da compra imediata de vacinas pelo Ministério da Saúde e do envolvimento dos estados para garantir a vacinação em todo o território nacional.
Em relação à localização dos municípios com escassez de imunizantes, Santa Catarina é o estado mais afetado, com 128 prefeituras relatando o problema, seguido por Pernambuco e Paraná. As regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte também apresentam municípios com falta de vacinas, revelando um panorama preocupante em todo o país.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde afirma que realiza envios regulares de vacinas aos estados e que mantém diálogo com os órgãos de saúde para solucionar as questões pontuais levantadas pela pesquisa da CNM. A distribuição de doses de vacinas e a aquisição de imunizantes específicos estão em andamento para garantir a proteção da população.