No Brasil, a pesquisa contou com a contribuição do programa Sesc Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio, que intermediou os contatos dos pesquisadores de Harvard com outras instituições que trabalham com bancos de alimentos. A diretora de Programas Sociais do Sesc, Janaína Cunha, ressaltou a importância de políticas locais e nacionais que exijam a doação de alimentos excedentes, destacando a atuação do programa Sesc Mesa Brasil nesse sentido.
O programa recolhe alimentos que seriam desperdiçados e os distribui para pessoas em situação de vulnerabilidade, valorizando a questão nutricional e conscientizando sobre o aproveitamento integral dos alimentos. Com 3 mil empresas parceiras e 7 mil entidades assistidas, o Sesc Mesa Brasil atende mensalmente cerca de 2 milhões de pessoas, contribuindo para combater a insegurança alimentar que afeta milhões de brasileiros.
Além disso, a pesquisa apontou que o Brasil pode implementar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa relacionadas à perda e desperdício de alimentos. Recomenda-se a implementação de um sistema padrão de rotulagem e o aumento de deduções fiscais para doações de alimentos, entre outras ações.
Ao abordar questões como responsabilidade civil, conscientização sobre doações e desenvolvimento de infraestrutura para doações, as recomendações buscam promover a doação de alimentos excedentes de forma eficaz e segura. O programa Sesc Mesa Brasil, junto com outras instituições e especialistas brasileiros, desempenha um papel fundamental nesse processo.
Por fim, as recomendações propostas no Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos podem contribuir significativamente para a redução do desperdício de alimentos, o combate à fome e a promoção de sistemas alimentares mais sustentáveis. É essencial que os legisladores e a sociedade como um todo se engajem nesse movimento para garantir um futuro mais justo e próspero para todos.
