A Fiocruz destacou que esse foi o maior número de internações registradas nos últimos 15 anos, o que levanta preocupações sobre a saúde e o bem-estar das crianças nessa faixa etária. Além disso, o estudo mostrou que o SUS gastou cerca de R$ 154 milhões em 2023 no tratamento dos bebês hospitalizados, um aumento significativo em relação ao período pré-pandemia de covid-19.
Ao analisar as taxas de internação por região, o Observatório de Saúde na Infância observou uma tendência de queda até 2016, seguida por variações nos anos seguintes. Em 2020, durante o início da pandemia, houve uma queda média de 340% nas internações. No entanto, nos anos subsequentes, houve aumentos constantes, culminando no recorde de 2023.
As regiões mais afetadas no último ano foram o Sul e o Centro-Oeste, devido ao clima seco, frio intenso e queimadas, que tornam o sistema respiratório das crianças mais vulnerável. O coordenador do Observatório, Cristiano Boccolini, apontou as mudanças climáticas e a baixa cobertura vacinal infantil como possíveis razões para o aumento das internações.
Boccolini ressaltou a importância da atualização da caderneta de vacinação de bebês e gestantes, destacando a necessidade de inclusão da vacina VSR no calendário do SUS. Essas medidas são essenciais para proteger as crianças e garantir a saúde pública. O Observatório de Saúde na Infância foi criado com o objetivo de disponibilizar informações sobre a saúde das crianças e facilitar o acesso a dados científicos confiáveis para a sociedade.
Portanto, é fundamental que as autoridades de saúde pública e a população em geral estejam atentas a esses dados e adotem medidas preventivas para garantir a saúde das crianças e o controle dessas doenças respiratórias graves.