Durante seu discurso, Padilha detalhou a proposta de ampliar o funcionamento das unidades da Ebserh, com a intensão de abrir mais aos sábados e até implementar um terceiro turno, para aumentar a capacidade de atendimento eletivo. “A meta da Ebserh este ano é aumentar em 40% o número de cirurgias eletivas, e o Ministério da Saúde irá alocar R$100 milhões exclusivamente para essa ação”, afirmou o ministro, enfatizando a importância de reestruturar os fluxos de atendimento, que foram severamente impactados pela pandemia e pela desorganização do sistema de saúde anterior.
No Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), onde o mutirão teve destaque, 56 procedimentos foram realizados, incluindo cirurgias de catarata, laqueaduras, hernias e implantes de marcapasso. Um contingente de cerca de 30 profissionais de saúde trabalhou na operação, refletindo um esforço conjunto para melhorar o acesso da população a cuidados especializados através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi, confirmou que o esforço estendeu-se a mais seis unidades na região Nordeste e duas na região Norte, unindo os hospitais universitários em torno dessa ação. Ele destacou que a Ebserh é uma entidade pública acessível a todos os brasileiros e serve como uma rede fundamental para promover saúde, pesquisa e inovação.
Padilha também anunciou uma data significativa: no próximo 5 de julho, ocorrerá o “Dia E Nacional”, um evento que mobilizará todos os hospitais universitários do país, pelo mesmo modelo do Dia D de Vacinação, com foco em otimizar os tempos de atendimento.
Além disso, o programa “Agora Tem Especialistas” foi instituído através de uma medida provisória recentemente assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este novo modelo permitirá que estruturas de saúde privadas sejam credenciadas para oferecer atendimento ao SUS, em troca de abatimentos em suas dívidas com a União. “Estamos introduzindo mecanismos inovadores que facilitarão essa troca, melhorando a oferta de cirurgias e atendimentos”, enfatizou Padilha.
Por fim, o programa inclui a criação de um Painel de Monitoramento Nacional, que terá como função coletar dados sobre atendimentos e procedimentos realizados no sistema de saúde em todas as esferas, assegurando a transparência e a eficiência do SUS. Com essa medida, Padilha acredita que será possível monitorar efetivamente as operações, uma iniciativa que até agora não existia de forma organizada no Brasil.
