SAÚDE – Ministra da Saúde defende formação médica de qualidade e reconhece desafios na Atenção Primária à Saúde.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, discutiu nessa segunda-feira (10) a importância da formação médica permanente e de qualidade, que vai além da parte técnico-científica. Durante a abertura do Projeto Formação Médica para o Brasil, a ministra ressaltou a necessidade de incluir questões éticas, de valores e compromisso social na formação médica.

Nísia também abordou a recente expansão de novos cursos de medicina no país, e destacou que a forma como essa expansão foi realizada descumpre parâmetros estabelecidos desde 2014. Ela enfatizou a importância de atender regiões carentes de profissionais de saúde e garantir a qualidade do ensino, citando que a falta de cumprimento desses parâmetros é um problema grave.

Além disso, a ministra reconheceu que há divergências entre a classe médica e o poder público em relação ao Programa Mais Médicos, retomado em 2023. No entanto, ela afirmou ter convicção de que, em conjunto, os dois lados poderão avançar em ações estruturantes para formação médica que conjugue a parte técnica de qualidade com a formação ética dos profissionais que atuarão no Sistema Único de Saúde e na saúde suplementar e privada.

Representantes da classe médica, como Julio Vieira Braga, destacaram a necessidade de avaliação externa e independente dos formados em medicina, além de ressaltar a importância da fase de estágio na formação dos futuros profissionais.

Outro ponto abordado foi a necessidade de fortalecer a atenção primária na saúde pública. Durante a abertura da 2ª Conferência Nacional de Planificação da Atenção à Saúde (APS), a ministra da Saúde e o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) destacaram a importância de colocar recursos e políticas prioritárias para fortalecer a APS no Brasil.

A conferência, que contou com a participação de profissionais de saúde de todo o país, ocorreu em Brasília e discutiu os desafios enfrentados pela sociedade brasileira, além de questões como equidade, diversidade e desigualdade histórica.

No evento, diferentes representantes da área da saúde abordaram questões cruciais para a formação médica e para a atenção primária à saúde, apontando desafios e propondo soluções para aprimorar a formação e atuação dos profissionais da saúde no país.

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