Padilha destacou que muitos brasileiros enfrentavam complicações no atendimento por possuírem múltiplos cartões de acesso ao SUS, o que dificultava a identificação única dos usuários. Durante sua primeira gestão na pasta, entre 2011 e 2014, ele recorda que alguns cidadãos chegavam a acumular até seis cartões, cada um com numerações diferentes. Isso gerava confusão e ineficiências no sistema, levando à necessidade de um mapeamento e de uma “higienização” dos dados. O ministro mencionou que, durante esse período, o DataSUS foi fundamental para vincular esses múltiplos cartões a um único CPF, proporcionando maior organização e clareza.
A implementação do CPF como número-chave apresenta avanços significativos, especialmente considerando o histórico de que, até alguns anos atrás, as crianças não recebiam CPF ao nascer. Essa situação representava um obstáculo considerável para a adoção do CPF no SUS. O ministro lembrou que essa mudança, que ocorreu durante o governo anterior, facilitou a identificação das crianças e permitiu um avanço importante para a inclusão no sistema de saúde.
Apesar das melhorias, Padilha reconheceu que ainda existem desafios a serem enfrentados, especialmente em relação a populações vulneráveis, como pessoas em situação de rua, indígenas e imigrantes. Ele afirma que, apesar dessas dificuldades, há confiança na possibilidade de desenvolver um plano eficaz que integre todos os usuários do SUS, que atualmente são mais de 200 milhões.
O compromisso do Ministério da Saúde é claro: em julho, os detalhes sobre essa iniciativa serão apresentados, com a expectativa de que essa transformação traga mais eficiência e praticidade no cotidiano dos serviços de saúde no Brasil. O projeto promete não apenas modernizar o sistema, mas também garantir que todos os cidadãos possam acessar os cuidados de saúde de forma mais ágil e organizável.