O estudo, denominado Epicovid 2.0, é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e encomendado à Universidade Federal de Pelotas. Até o momento, não há estimativas nacionais sobre o impacto da doença a longo prazo, conforme mencionado pelo Ministério da Saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que 20% das pessoas infectadas com o coronavírus desenvolvem condições pós-covid, independentemente da gravidade dos sintomas.
A coleta de dados está prevista para durar entre 15 e 20 dias, envolvendo cidadãos que já participaram das rodadas anteriores do estudo em 2020 e 2021. As equipes de entrevistadores irão abordar questões relacionadas à vacinação, histórico de infecção, sintomas persistentes e impactos da doença na vida diária. No entanto, diferentemente das fases anteriores, não haverá coleta de sangue ou testes para detecção da covid-19.
As entrevistas serão conduzidas por profissionais identificados pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde. Os moradores das 133 cidades envolvidas no estudo foram informados sobre a pesquisa e orientados a entrar em contato com as prefeituras em caso de dúvidas. Além disso, foi anunciada a criação de um memorial às vítimas da covid-19 no Centro Cultural do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
O Epicovid-19, realizado entre 2020 e 2021, contribuiu para um melhor entendimento da pandemia no Brasil, destacando que a quantidade de pessoas infectadas era maior do que os dados oficiais indicavam. O estudo ressaltou ainda disparidades sociais na infecção, com os mais pobres apresentando maior risco de contaminação em comparação com os mais ricos.
Em suma, a nova fase do estudo buscará fornecer dados essenciais para o desenvolvimento de estratégias eficazes de tratamento e acompanhamento dos pacientes com sequelas da covid-19, visando assim mitigar os impactos a longo prazo da doença na população brasileira.