O meningococo é transmitido pelo ar e pode causar inflamação rápida e severa das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, levando a complicações severas. Entre os sobreviventes da meningite, estima-se que de 10% a 20% enfrentem sequelas como surdez, amputações ou problemas neurológicos, conforme relatórios sobre a doença.
Atualmente, a vacina contra o meningococo B já está acessível no setor privado, enquanto o SUS oferece imunizantes contra os sorotipos A, C, W e Y. Dentre os casos de meningite registrados este ano, 138 foram especificamente causados pela bactéria do tipo B, resultando em 21 mortes. Essa realidade colocou as vacinas do tipo B sob o olhar atento de especialistas e sociedades médicas, que recomendam sua adoção.
A proposta para a inclusão da vacina foi apresentada pela farmacêutica GSK à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que avalia quais novos tratamentos e vacinas devem ser incorporados ao SUS. De acordo com o dossiê submetido, a inclusão do imunizante teria um custo estimado em R$ 6,1 bilhões ao longo de cinco anos. Porém, a empresa argumenta que a vacinação poderia, na verdade, resultar em economias significativas com internações e tratamentos relacionados à doença.
A consulta pública estará disponível por 20 dias no site da Conitec, permitindo que a sociedade apresente suas contribuições. Após esse período, as opiniões coletadas serão analisadas para a elaboração de um relatório que poderá recomendar a aprovação ou rejeição da inclusão da vacina no sistema de saúde pública. Essa é uma oportunidade única para todos os brasileiros se manifestarem sobre um tema tão crucial para a saúde pública do país.