A doença de Newcastle, uma infecção viral que atinge tanto aves domésticas quanto silvestres, é conhecida por causar sintomas respiratórios, muitas vezes acompanhados por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos animais afetados. De notificação obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), essa enfermidade é provocada por um vírus do grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), altamente virulento em aves de produção comercial.
O Mapa destacou que, apesar da revogação do estado de emergência, mantém-se a restrição das exportações de produtos avícolas e material genético numa área de 10 quilômetros ao redor do foco inicial da doença. Além disso, procedimentos especiais de fiscalização continuam a ser aplicados aos produtos destinados ao mercado interno, incluindo a possível necessidade de termoprocessamento antes da comercialização.
A declaração de emergência foi inicialmente publicada em 19 de julho, com validade de 90 dias, para permitir ações rápidas de vigilância epidemiológica e a aplicação de procedimentos de erradicação, conforme o Plano de Contingência para a Doença de Newcastle. O diretor do Departamento de Saúde Animal, Marcelo Mota, explicou que a ausência de novos casos de doenças com sintomas respiratórios e nervosos na região permitiu a normalização da situação sanitária no Rio Grande do Sul.
O Mapa comunicou a OMSA sobre a conclusão dos trabalhos de limpeza e desinfecção do foco em 26 de julho e, cinco dias depois, relatou que ações mantidas de vigilância não detectaram novos casos suspeitos. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, elogiou a transparência e eficiência das equipes de defesa agropecuária federal e estadual na resolução do caso, destacando a importância dessa atuação para tranquilizar a população e os parceiros comerciais sobre a segurança do sistema de defesa agropecuária brasileiro.
O diagnóstico positivo para a doença de Newcastle foi confirmado pelo Mapa no dia 17 de julho, no município de Anta Gorda (RS). A análise que identificou a doença foi realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, reconhecido como laboratório de referência internacional para o diagnóstico dessa enfermidade pela OMSA.
A vigilância contínua e a pronta resposta das autoridades foram essenciais para o rápido controle da situação, assegurando que a produção avícola no estado do Rio Grande do Sul pudesse retornar à normalidade sem maiores prejuízos para a indústria e para os consumidores.