A campanha oferece diversas vacinas, entre elas a poliomielite, hepatites, BCG, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e também a vacina contra a covid-19.
A queda das coberturas vacinais nos últimos anos é uma preocupação para o Ministério da Saúde, uma vez que isso aumenta o risco de reintrodução de doenças que já estavam eliminadas no país. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é fundamental proteger as crianças e adolescentes e garantir seu direito à vacinação, que é essencial para a proteção e a vida.
Para aumentar a adesão à multivacinação, o Ministério da Saúde está promovendo ações específicas em parceria com gestores e lideranças locais, levando em conta a realidade de cada estado e região. Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o método de microplanejamento consiste na realização de várias atividades, desde a definição da população-alvo até a logística de datas e locais de vacinação.
Um investimento de mais de R$ 151 milhões foi feito pelo Ministério da Saúde para o desenvolvimento da campanha nos estados e municípios.
Os próximos estados a realizar a campanha de multivacinação serão Rondônia, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte. A articulação começa em Rondônia no dia 2 de outubro, enquanto nos demais estados será no dia 7 de outubro.
Vale ressaltar que a multivacinação foi antecipada no Amazonas, Acre e Amapá durante o primeiro semestre deste ano, devido ao alerta de reintrodução de doenças pela fronteira. O Brasil é considerado pela OMS como um local de risco muito alto para a reintrodução da poliomielite desde 2016.
Com o objetivo de retomar a confiança da população brasileira nas vacinas, o governo federal lançou em fevereiro o Movimento Nacional pela Vacinação. Além da vacinação contra a covid-19, o movimento prevê a aplicação dos imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação ao longo de 2023, com foco principal em crianças e adolescentes.