Com a meta de reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027 e em 50% especificamente entre as mulheres negras, o Brasil pretende alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030. Atualmente, a taxa de mortalidade materna entre mulheres negras é o dobro da média nacional, o que evidencia a necessidade de ações mais efetivas neste sentido.
Durante o lançamento do programa em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o presidente Lula emocionou-se ao relembrar a perda de sua primeira esposa e filho em 1971, devido a complicações no parto. O presidente enfatizou a importância de um tratamento digno e respeitoso às mulheres, independentemente de sua cor ou condição socioeconômica.
O investimento inicial do Ministério da Saúde na Rede Alyne prevê um aporte de R$ 400 milhões em 2024, com previsão de aumento para R$ 1 bilhão em 2025. Dentre as inovações destaca-se a integração entre a maternidade e a Saúde da Família, visando qualificar as equipes de atendimento e garantir uma cobertura mais ampla e eficiente.
Além disso, a rede pretende triplicar o repasse para estados e municípios a fim de viabilizar exames de pré-natal, com a incorporação de novos testes, como os de HTLV, hepatite B e hepatite C, na Rede Cegonha. Também está prevista a construção de novas maternidades e centros de Parto Normal, com investimento total de R$ 4,85 bilhões.
A Rede Alyne também incentivará o Método Canguru, comprovadamente eficaz para melhorar os desfechos para bebês prematuros, e a implantação de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante por meio do aplicativo “Meu SUS Digital”. Todas essas medidas visam garantir um atendimento mais digno e eficiente às gestantes e recém-nascidos, contribuindo para a redução da mortalidade materna e a promoção de uma maternidade segura e humanizada.