O caso envolve o laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que está sendo investigado por ter emitido laudos falsos sobre a condição de dois doadores de órgãos, que estavam infectados com o vírus HIV. Como resultado, seis pacientes que receberam órgãos desses doadores foram também infectados. Sete pessoas, entre sócios e funcionários do laboratório, estão sendo investigadas.
Ao cumprir mandados de busca e apreensão e prisão, a Polícia Civil deteve Walter Vieira, sócio do laboratório, e um técnico, enquanto outros dois alvos de prisão estão foragidos. O delegado André Neves, responsável pela investigação, apontou negligência na checagem da validade dos reagentes utilizados nos exames de HIV, o que levou a resultados falso negativos.
Segundo Neves, a motivação por trás da falha nos exames foi a redução de custos e o aumento do lucro do laboratório. Um dos sócios do PCS Lab Saleme alegou falha humana na transcrição dos resultados dos testes de HIV, indicando possíveis erros no processo.
A gravidade do caso levou o Ministério da Saúde a determinar a suspensão dos serviços do laboratório e a instalação de uma auditoria urgente no sistema de transplantes do Rio de Janeiro. Além disso, medidas estão sendo tomadas para apurar possíveis irregularidades na contratação do laboratório.
A decisão da Justiça e as ações da Polícia Civil demonstram a seriedade com que o caso está sendo tratado, visando garantir a justiça para os pacientes infectados e evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A investigação continua em andamento para apurar todas as circunstâncias que levaram a essa grave situação.