O Centro de Inteligência em Saúde está utilizando um modelo estatístico chamado “nowcasting” para estimar o total de casos esperados em um determinado período, levando em conta os atrasos na notificação. Os números são preocupantes: na semana epidemiológica 17, a estimativa era de 519 casos, com 406 já registrados; na semana 18, a estimativa foi de 540 casos, com 343 registrados; e na semana 19, apontou-se 505 casos estimados, com apenas 277 registrados.
A superintendente de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde, Luciane Velasque, ressaltou a importância da vacinação contra a Influenza, um dos principais vírus que contribuem para os casos graves de síndrome respiratória. Ela alertou que estamos próximos do limite máximo de casos esperados, chamado de canal endêmico, e que a população deve se manter vigilante.
Além disso, foi analisado que as crianças até 4 anos continuam sendo as mais afetadas, com destaque para o Vírus Sincicial Respiratório e o Rinovírus como principais agentes infecciosos. Embora as solicitações de leitos para esse público tenham diminuído nas últimas semanas, a situação ainda é preocupante. Por outro lado, os idosos com 80 anos ou mais também apresentam uma redução nas internações por SRAG, com a presença do vírus Influenza do tipo A e do Rinovírus.
Diante desse cenário, é fundamental que a população se mantenha informada e tome as medidas necessárias para se proteger contra esses vírus respiratórios que podem levar a consequências graves. É um momento de alerta e cuidado redobrado para evitar um aumento ainda maior no número de internações e complicações de saúde.
