SAÚDE – Instituto René Rachou inicia estudo sobre covid longa em Belo Horizonte em parceria com Fiocruz e Ministério da Saúde.

O Instituto René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com sede em Belo Horizonte, deu início a uma importante pesquisa sobre a chamada “covid longa”. Como sabemos, esse termo é utilizado para descrever a persistência de sintomas da covid-19 mesmo após a fase aguda da infecção. Muitos pacientes relatam sentir os efeitos da doença por meses, às vezes ultrapassando um ano.

Os pesquisadores do Instituto René Rachou destacam que algumas sequelas da covid longa podem afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e não desaparecem naturalmente, exigindo tratamento especializado. Sintomas como perda de cabelo, cansaço, fraqueza, problemas de memória, dificuldade de concentração, trombose, diabetes e alterações na pressão arterial são mencionados como manifestações possíveis.

O estudo, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Ministério da Saúde, recebeu o nome de Monitoramento Fiocruz Vita. O seu principal objetivo é analisar o perfil imunológico e hematológico dos pacientes com covid longa, investigando alterações no sistema imunológico, no sangue e em diferentes órgãos e tecidos. Os pesquisadores buscam identificar possíveis relações entre a doença e as mudanças detectadas.

Residentes de Belo Horizonte maiores de 18 anos que estejam enfrentando a covid longa podem se voluntariar para participar da pesquisa preenchendo um formulário online. O cadastro também está aberto para crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, com a necessidade de ser realizado por um responsável legal.

Após o preenchimento do formulário, os participantes serão contatados pela equipe da Fiocruz para as próximas etapas. Em caso de confirmação do diagnóstico de covid longa e necessidade de tratamento, os pacientes serão encaminhados para acompanhamento no Sistema Único de Saúde (SUS) por uma equipe multiprofissional.

Os pesquisadores planejam monitorar o processo ao longo de 18 meses, realizando cinco encontros presenciais com os participantes. Eles ressaltam a importância de estudos como esse para ampliar o conhecimento sobre a covid longa e avançar no entendimento dos impactos duradouros da doença.

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