SAÚDE – Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz se torna laboratório de prontidão para produção de vacinas em emergências sanitárias e cooperação internacional.



O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, está se preparando para se tornar um laboratório de prontidão para a produção de vacinas em situações de emergência sanitária. Isso significa que, em caso de epidemia ou pandemia, o laboratório brasileiro será acionado para fornecer vacinas para outros países, especialmente na América Latina.

A associação a uma rede formada pela Organização das Nações Unidas (ONU) permitirá que o Instituto se comprometa a liberar doses para o exterior. Maurício Zuma, diretor de Bio Manguinhos, ressalta que isso já tem sido feito em cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mas que a formalização do compromisso deve ocorrer em breve.

Além disso, o Instituto tem planos de iniciar a fase de testes clínicos da vacina contra a covid-19 em plataforma de RNA mensageiro. Zuma afirma que o domínio dessa tecnologia será uma alavanca para o futuro, permitindo avançar em outras iniciativas na mesma plataforma, como a vacina para o vírus sincicial respiratório.

Outras duas vacinas de destaque estão em desenvolvimento no Instituto, uma para combater o zika vírus e outra contra a febre amarela, que poderá solucionar a limitação da vacina atual, que não é aplicada de maneira geral nos idosos.

Por fim, a Fiocruz está ampliando sua estrutura para dar conta da produção dos novos imunizantes. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que está sendo construído em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, permitirá a produção de até 1 bilhão de doses de vacinas por dia, caso seja necessário.

Além disso, o Instituto está finalizando acordos para a produção de terapias avançadas, com tecnologia de vetor viral. Essas terapias são produtos biológicos criados a partir de célula e tecidos humanos para tratar doenças graves. A entrada do Instituto nesse mercado pretende reduzir os custos desses tratamentos e possibilitar a introdução no Sistema Único de Saúde (SUS).

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