De acordo com os dados divulgados, as três primeiras semanas de 2024 registraram 11.490 casos confirmados de dengue e 3.067 casos confirmados de chikungunya apenas em Minas Gerais. Esse aumento expressivo de casos preocupa as autoridades de saúde, que buscam medidas urgentes para conter a disseminação das doenças.
A predominância do sorotipo 1 da dengue tem sido observada, porém, a detecção de casos do sorotipo 3, que não era epidêmico no Brasil há mais de 15 anos, aumenta ainda mais a preocupação com a situação. O governo autorizou o governador Romeu Zema a adotar medidas administrativas para lidar com as arboviroses, incluindo a aquisição de insumos e contratação de serviços necessários para enfrentar a emergência.
Foi estabelecido o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, que será responsável pelo monitoramento e gestão da situação. O decreto terá validade por 180 dias, visando a atuação urgente para conter a propagação das arboviroses.
Além das medidas tomadas em nível estadual, o Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. Essas cidades, distribuídas em 37 regiões de saúde, são consideradas endêmicas para a doença e preenchem critérios específicos, como alta transmissão de dengue entre 2023-2024 e predominância do sorotipo DENV-2.
A vacinação será direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária com um alto índice de hospitalizações devido à dengue. Esse grupo representou mais de 16 mil hospitalizações entre janeiro de 2019 e novembro de 2023, ficando atrás apenas dos idosos, para os quais a vacina não foi autorizada.
Diante desse cenário alarmante, o estado de Minas Gerais e o governo federal estão mobilizando esforços para conter a propagação das arboviroses e garantir a saúde e segurança da população. A situação exige atenção e ação imediata para enfrentar essa emergência em saúde pública.